A Robotização, a Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning, há não muito tempo, eram temas para o futuro. Agora estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Mas, apesar de estarmos na véspera da “quarta revolução industrial”, muitas das organizações ainda não estão preparadas.

Estes são os dados que resultam de pesquisas recentes sobre transformação digital junto dos concelhos de administração de vária empresas, nacionais e estrangeiras. 

A revolução digital na prática

A automação da produção através da eletrónica e de tecnologias da informação foi o tema central durante a terceira revolução industrial. Chegámos agora à quarta: Nuno Sousa, Business Unit Manager da oferta de Comunicações Empresariais na Axians Portugal, comenta que, para muitas empresas, este é um processo relativamente lento. “Robotização, IoT, IA e Machine Learning deixaram há muito de ser algo remoto para o futuro. Contudo, muitos CTOs e diretores de inovação procuram ainda como explorar as oportunidades que estas novas tecnologias oferecem.”

A sua visão é apoiada por pesquisas recentes – os estudos da IDC e Gartner mostram que apenas um terço dos diretores tem uma imagem clara do impacto da digitalização na sua organização. Enquanto isso, as equipas de gestão estão sob crescente pressão para inovar continuamente. O Enabling Digitation Index da Euler Hermes demonstra um aumento de Portugal neste ranking, mas ainda muito distante dos países mais bem preparados para esta quarta revolução.

Os novos produtos e serviços precisam de chegar ao mercado e o prazo de introdução no mercado está a ficar cada vez mais curto. Nuno Sousa: “Espera-se que nos próximos anos muitas novas tecnologias e novos produtos entrem no mercado. Estes serão rapidamente adotados pelas organizações e estas serão expostas a elevados riscos de segurança digital.”

Inovação e a sua infraestrutura de rede

A indústria e a necessidade de diferenciação afirmam, no entanto, que tecnologias disruptivas não devem só poder ser vistas como um perigo, mas também como uma oportunidade. Nuno Sousa: “Atualmente, estas novas soluções assentes em Tecnologias de Informação e Comunicação permitem às empresas consolidar a sua posição e até expandi-la. Ficar parado – ou progredir lentamente – é o mesmo que regredir. Esta é a realidade.”

Nuno Sousa também nota que o problema da conectividade é frequentemente esquecido. Respostas lentas e períodos de inatividade resultam em aplicações, máquinas e plataformas pouco apetecíveis e, por sua vez, produzem frustração nos utilizadores. “As novas tecnologias e a crescente adoção de novas soluções digitais produzem uma carga maior em toda a infraestrutura de rede e isso aumenta a dependência operacional na mesma. Na revolução digital, a rede é a autoestrada da informação. Tem que fornecer capacidade e flexibilidade suficiente para viabilizar e facilitar esta transformação.”

Quais os requisitos que uma rede atual deve satisfazer?

Network as a Service oferece a flexibilidade e o suporte técnico necessários para iniciativas ambiciosas em ambiente cloud. Estes são projetos, muitas vezes, impossíveis de operacionalizar eficientemente com redes tradicionais. Se considerarmos o Salesforce, o Office365 e as aplicações do Google; a maioria destas soluções foi ou está a ser totalmente migrada para a cloud e a rede precisa de ser desenhada para suportar esta nova realidade. “Uma nova aplicação SaaS pode ser implementada significativamente mais rápido com Network as a Service”, diz de Nuno Sousa. “Isto só é possível devido às mais recentes funcionalidades e informação sobre o que este tipo de serviço pode fornecer. Considerar, por exemplo, qualidade de serviço automatizada, monitorização de desempenho de aplicações e aumento e diminuição de capacidade.”

A sua rede deve permitir que aumente e diminua facilmente a capacidade e funcionalidades. Tem de ser possível adicionar rapidamente novos locais e deve permitir a devolução de equipamentos e desativação de funcionalidades desnecessárias. Todos os recursos de rede – dispositivos, aplicações e seus utilizadores – devem poder ser geridos e orquestrados a partir de um dashboard central para satisfazer as crescentes expectativas dos utilizadores.

No geral, estes requisitos acompanham a agilidade de negócio necessária para endereçar a quarta revolução industrial. Esta revolução necessita do NaaS: um sistema flexível, com rede padronizada onde a capacidade pode ser aumentada ou diminuída rapidamente, mas onde novas funções também podem ser adicionadas em pouco tempo. Uma rede que facilita a adoção de novas tecnologias e evolui com base nos requisitos de amanhã.

Este artigo é o segundo de uma série de cinco publicações sobre as vantagens de Network as a Service (NaaS) para toda a empresa. Gostava de saber mais sobre o que isto pode trazer à sua empresa? Continue a seguir-nos para acompanhar toda a série de artigos. Para mais informações sobre os desafios enfrentados pelos IT Managers na área da gestão de rede, faça download do e-book: Orquestração: O IT Manager como administrador da rede.

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