Nos dias que correm, é comum ouvirmos a afirmação “o mercado de trabalho está ao rubro”, “há mais procura que oferta”, “é um desafio reter as melhores pessoas” ou até “os jovens querem é ir para fora, pois há um mundo de oportunidades lá fora”.

De facto, se pensarmos na última década e nos desafios que, desde 2008, o mercado de trabalho em Portugal enfrentou, estamos hoje numa situação bem melhor. Pelo menos na perspetiva de quem quer dar um novo rumo à sua carreira profissional. É hoje muito mais fácil mudar de trabalho, de emprego, de empresa, de missão, de função, enfim, para alguns até mudar de vida. E isso é bom! Respira-se um bom ambiente. Dinâmico, com energia positiva, num corrupio fantástico como há muito não víamos.

Isto é particularmente evidente no sector das Tecnologias de Informação. Podemos afirmar que desde o início do século que este sector respira vitalidade. Obviamente sem estar imune aos ciclos económicos, nunca tendo tido uma crise de excesso de oferta. A qualidade da nossa formação nestas áreas é worldclass. Por isso, nesta área a definição de mercado geográfico é muito mais abrangente que no resto das categorias profissionais.

O talento que disputamos no dia-a-dia é tão escasso hoje como o foi nos últimos 10 anos.

Esta é a realidade que vivemos na Axians. Já agora, vemos isso também na rede internacional a que pertencemos. É uma discussão permanente e é-o há muito tempo.

Talvez por isso, o desafio da retenção, não sendo novo, é permanentemente revisitado e atualizado. Nem que seja para perceber se estamos a fazer bem aquilo que é certo! Aquilo em que acreditamos e que continua a fazer sentido para as nossas pessoas.

As disciplinas e os conhecimentos hoje necessários são diferentes do que eram no passado.

A geração que atualmente começa a sua carreira connosco tem também uma noção de vida, do seu desenvolvimento, daquilo que esperam do trabalho e como se veem como profissionais, diferente daquela que entrou no início do século. Contudo, a necessidade de as organizações continuarem a contar com estes profissionais para o seu desenvolvimento mantém-se.

No trabalho constante que fazemos para que o espaço que criamos se mantenha relevante para atrair e vincular estes profissionais, há uma noção clara das diferentes expectativas que precisamos endereçar. Diferentes gerações, diversidade cultural, de género, de religião, de áreas de conhecimento, numa mistura que faz sentido para o todo, para os clientes, para a sociedade em geral.

Estudamos e aprendemos com os especialistas e professores que investigam estes temas em profundidade. A definição do propósito da organização, da sua missão, dos seus core values, é fundamental para atrair e reter pessoas, pois o sentido de pertença máximo só é possível atingir com estes “marcadores de personalidade organizacional” bem definidos. Na Axians procuramos mais do que essa definição, que estes sejam vividos. Aliás, sentidos. Para que façam sentido e que sejam relevantes. A Confiança, a Autonomia, a Responsabilidade, o Empreendedorismo e a Solidariedade, misturam-se num exercício permanente de checks-and-balances e permitem criar as condições para que possamos entregar valor de longo prazo aos nossos stakeholders.

“The real success is the success you share.”, Xavier Huillard CEO of VINCI

Essa entrega passa, portanto, por partilhar parte desse valor com as pessoas. Com as nossas pessoas. O CASTOR é um programa internacional que abrange 31 países onde o grupo VINCI está presente e partilha os frutos do desempenho a nível global. Este programa resume-se à criação, desde 2002, de um fundo de participação que permite aos colaboradores subscrever ações do grupo, beneficiando a médio/longo prazo de mais ações a título gratuito. Foi desenhado de forma a permitir que apenas 1 ação seja subscrita, abrindo a possibilidade de todos os colaboradores serem acionistas e ao mesmo tempo apostam na sua poupança. Este programa permitiu que ao longo dos anos mais de 66% dos 200.000 colaboradores sejam acionistas do grupo. Em conjunto, os colaboradores são principal acionista do grupo, com 8,8% de participação no capital.

Com 2 anos de “vida”, conseguimos na Axians em Portugal atingir um valor próximo daquele que todo o grupo regista

Ou seja, cerca de 41% dos nossos colaboradores já são acionistas do grupo VINCI. É com um misto de orgulho e sentido de dever cumprido, que registamos uma adesão expressiva das nossas pessoas ao programa, que é absolutamente voluntário. Mais do que representar poupança relevante para as famílias dos nossos colaboradores, representa o acreditar das nossas pessoas no projeto que estamos a construir em Portugal.

Com este programa global, com as iniciativas locais de retenção que empreendemos, com a dinamização de um ambiente positivo e transparente em que todos são tratados com respeito, com um desenvolvimento económico sólido e consistente, com lideranças empenhadas em esbater os típicos obstáculos hierárquicos, criamos um contexto que permite às nossas pessoas desenvolverem um vínculo sólido com a Axians. Com maior ou menor agitação no mercado de trabalho, assim seguimos com a noção que este é um trabalho inacabado, mas que todos os dias temos razões para sorrir e para nos sentirmos bem nesta viagem! Até porque, os nossos resultados de retenção de pessoas são notórios, sofremos para recrutar, em consequência do calor do mercado, mas somos eficazes na retenção do nosso talento! 🙂